A Polícia Federal de Campinas (SP) faz, na manhã desta quarta-feira (17), uma operação contra crimes financeiros praticados através da venda de “robôs de investimentos” e transações de câmbio não autorizadas. Entre os bens apreendidos com o alvo de mandados de busca e apreensão, estão quatro carros de luxo das montadoras Ferrari, Audi e Land Rover.
No total, são cumpridos três mandados de busca e apreensão – sendo dois em Paulínia (SP) e um em Campinas. As ordens foram expedidas pela 9ª Vara Federal da metrópole. A operação recebeu o nome de “Rompot”, que é a palavra grega usada para definir “robô”.
Os mandados foram cumpridos em um escritório de Campinas e residências de Paulínia contra o mesmo alvo. Além dos veículos de luxo, também foram apreendidos dinheiro, cartões bancários e muitos talões de cheques.
De acordo com a Polícia Federal, a investigação começou, a partir de denúncia, em fevereiro deste ano, com a análise de um perfil público em redes sociais que oferece sistemas automatizados de investimento.
Os “robôs” eram ligados à plataforma de corretora estrangeira realizando operações automáticas com opções binárias, modalidade de investimento de alto risco e não regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que é baseadaa na subida ou descida dos preços dentro de um período de tempo.
Ainda segundo a PF, o próprio uso e comercialização dos robôs são regulamentados pela CVM, o que não acontecia com o perfil investigado. Foram identificados vários registros de pessoas que podem ter sido lesadas pelos sistemas oferecidos. A investigação é comandada pelo grupo especializado em combate a crimes financeiros da corporação.
A Polícia Federal ainda informou que, para dar suporte às operações em corretora estrangeira, o autor das fraudes oferecia uma plataforma de câmbio de moeda, também sem autorização legal. Ele mudava de endereço e o patrimônio, principalmente os carros, eram registrados todos em nomes de terceiros.
Todo o material apreendido foi encaminhado à delegacia da Polícia Federal de Campinas. As penas para crimes contra o sistema financeiro podem chegar a 12 anos de prisão.
Fonte: G1