Por trás das notícias que recebemos diariamente estão profissionais que enfrentam desafios para nos oferecer informações importantes. São os repórteres. Hoje é dia de homenageá-los. Convivo com eles na empresa em que trabalho, tanto nas emissoras de rádio, quanto no jornal impresso, e acompanho a responsabilidade com que se dedicam ao exercício dessa função que podemos considerar de inclusão social. Afinal de contas eles são porta-vozes da comunidade, sempre ao lado do povo e cobrando das autoridades providências em favor da coletividade.
Etimologicamente a palavra “repórter” significa: “aquele que narra”. Ele sai em campo recolhendo informações que as transformam em notícias que são levadas ao público. No processo da reportagem é preciso que a informação seja tratada criteriosamente para ganhar credibilidade. O cuidado no momento da apuração dos dados garante a produção da notícia bem checada.
Tem que ter “jogo de cintura” quando se envolve em situações delicadas, mantendo-se calmo para não se deixar ser dominado pelo nervosismo ou emocionalmente afetado pelas circunstâncias. Assegurar qualidade do conteúdo jornalístico é fator importante para que se estabeleça a valorização e dignidade da profissão, comprometido integramente com a verdade. Ideologias e vontades pessoais jamais deverão ser utilizadas como pautas.
As novas tecnologias têm ampliado o acesso à informação, ofertando oportunidades de diversificar as formas de atuação. Vivemos um tempo em que através das redes sociais todos se acham no direito de comunicar, noticiar e produzir. Por isso, somos muitas vezes bombardeados por fakenews, notícias falsas, em flagrante desrespeito aos critérios, deveres e ética do bom jornalismo. O repórter não pode abrir mão da sua consciência de responsabilidade social, evitando ser contaminado por essa onda de desinformação que os canais digitais têm originado.
O escritor e crítico literário Antonio Olinto diz que o repórter “é muito mais do que um simples contador de histórias”. E é verdade. A todo instante ele tem contato íntimo com a realidade e, por ofício, a transmite para um grupo de pessoas, na conformidade do seu olhar investigativo e questionador. Podemos dizer que a ele se confere a capacidade de revolucionar consciências.
Portanto, neste 16 de fevereiro, quando é celebrado o Dia Nacional do Repórter, quero prestar minha homenagem aos companheiros de trabalho que fazem com que suas atividades profissionais se tornem material para as pessoas pensarem e refletirem sobre o que está acontecendo a sua volta. Num momento em que vivemos tantas incertezas e com a propagação incessante de fakenews, o repórter que está na linha de frente de muitos eventos desafiadores se transforma nos olhos e ouvidos da sociedade. PARABÉNS.
Por Rui Leitão