Recentemente, o amigo e jornalista Clilson Júnior publicou em seu Instagram um padre esculhambando o velho papai Noel.
O padre acertou em criticar essa adoração por um personagem que até existiu e é inclusive Santo da Igreja Católica, da qual o padre faz parte desde o século IV.
Santa Claus ou São Nicolau, foi um bispo da igreja católica canonizado no dia 6 de dezembro. É bom inclusive o nobre padre saber que, o relato do site do Vaticano diz que Nicolau era filho de pais ricos, mas que ficou órfão ainda bem jovem e empregou toda a sua riqueza em auxiliar os pobres e enfermos, tendo sua vida dedicada a auxiliar os necessitados, especialmente jovens e crianças.
Óbvio que estamos, como bem disse o padre, exagerando em cultuar tal figura ao invés de estarmos virados para o ÚNICO SANTO que é Jesus Cristo.
Fiquei surpreso, no entanto, quando o ilustre padre em questão chama a sociedade de imunda por cultuar um santo católico.
Padre, me perdoe as palavras, mas para quem se ajoelha aos pés de qualquer imagem durante as missas, temo em dizer que vossa excelência está bem pior que as crianças que nem sabem o que está acontecendo.
É a sua Igreja, Padre, que tem entre 1000 e 8000 “santos” inclusive o senhor desrespeitou publicamente um deles.
É o seu congregado que se ajoelha, que pede para santo A ou B interceder por determinadas pessoas, o que na Bíblia, que vossa excelência com toda certeza leu, diz clara e objetivamente que só Jesus tem esse poder.
Na verdade, meu bom padre, não irei me alongar para a coisa não ficar pior, mas sinto muito pelas pessoas que ouviram o senhor bradar um verdadeiro vocabulário de contradições, como provei acima bem rapidamente para não o constranger.
Lembrar ao padre que é esse santo de vossa igreja que visita hospitais, orfanatos, que deixa as crianças felizes por um período curto da vida e na adolescência a verdade sempre aparece, pois ninguém em bom estado mental viu renas voando pelos céus desse mundo.
Deixe as crianças serem crianças, deixe a mágica da inocência tocar os corações dos nossos filhos, deixe que cada pai ou mãe gaste o seu dinheiro como bem entender… deixe, padre.
Outra coisa que eu não posso deixar passar é perguntar-lhe onde o senhor viu que o nosso senhor e salvador, Jesus Cristo, nasceu no dia 25 de dezembro? Onde foi padre? Me diga, pois iremos revolucionar e desmoralizar milhares de historiadores e arqueólogos.
Toda comunidade de grandes historiadores já está careca em dizer que não foi no dia 25 de dezembro que tal fato ocorreu.
O dia 25 de dezembro já era comemorado antes do nascimento de Cristo em festas pagãs, pois esse é o dia que, no Hemisfério norte, marca o dia mais curto do ano e simboliza o retorno da luz, com os dias gradualmente se tornando mais longos.
Vou terminar, padre, pois tenho certeza de que o senhor se arrepende de difamar um santo de sua Igreja, de querer tirar a alegria das crianças e de prejudicar a economia já tão fragilizada deste país.
O Natal é, sim, do papai Noel, dos presentes, das crianças, de Jesus Cristo, da reunião de familiares e é sobretudo uma boa época para nós não ouvirmos tantas besteiras em uma missa só.
Termino sempre com uma frase e hoje escolhi a frase do jornalista americano Oren Arnold: “Sugestões de presentes para o Natal”:
Para seu inimigo, perdão.
Para um oponente, tolerância.
Para um amigo, seu coração.
Para um cliente, serviço.
Para tudo, caridade.
Para toda criança, um bom exemplo.
Para você, respeito.
Júnior Belchior.