O rádio segue sendo o meio de comunicação de massa mais popular e de maior alcance público no Brasil. A partir desse entendimento o ministro Paulo Pimenta, ao participar do programa Giro Nordeste desta semana, produzido pelo Forum de Radios e TVs Públicas do Nordeste, gerado pela TVE Bahia e retransmitido pela Rádio Tabajara, afirmou que o presidente Lula o utilizará como instrumento principal de divulgação oficial das ações do seu governo.
No livro “Histórias que o Rádio Não Contou”, publicado em 1999, por Reynaldo C. Tavares, está escrito: “O rádio é o jornal de quem não sabe ler; é o mestre de quem não pode ir a escola; é o divertimento gratuito do pobre; é o animador das novas esperanças; o consolador do enfermo”. A facilidade que tem o presidente de se comunicar com o povo, principalmente os mais pobres e os que moram nos rincões do país, faz com que esse veículo de comunicação seja o mais apropriado para levar ao conhecimento da população os feitos do seu governo.
O rádio proporciona aproximação e intimidade com o ouvinte, como nenhum outro veículo de comunicação pode oferecer. Diferentemente do que muitos chegaram a afirmar quando surgiu a televisão, o rádio conseguiu sobreviver à concorrência, ganhando espaços, inclusive, diante dos meios impressos. O público participa e se identifica com o rádio, provocando uma interação mais instantânea.
O governo, através do rádio, tem o poder de dialogar positivamente com milhões de pessoas de forma imediata e alcançar, geograficamente, comunidades remotas do país. A comunicação radiofônica é, portanto, muito mais envolvente, reativa e dinâmica, produzindo um debate democrático sobre as questões de interesse social. É um equipamento que está no dia a dia das pessoas.
Os serviços de radiodifusão sonora, quando bem aproveitados, assumem uma posição de promotora cultural e mobilizadora da sociedade para atendimento dos seus interesses, o que corresponde a objetivos estratégicos governamentais. A comunicação estatal pelas ondas do radio, cumpre a função de ser um elemento de prestação de serviço público, apresentando à população o ponto de vista oficial dos governos, no exercício da democracia midiática. A exemplo do que defende o ministro Paulo Pimenta, o governo da Paraíba, tem compreendido a necessidade de fazer do rádio o porta-voz da sociedade, vinculando-o às necessidades do bem comum e do interesse coletivo. O governador João Azevedo tem desempenhado muito bem esse papel de fazer do rádio um instrumento agregador nas relações sociais e de salutar diálogo com o poder público. Não só através das emissoras que integram a Empresa Paraibana de Comunicação (Rádios Tabajara AM e FM), mas utilizando, também, as emissoras privadas espalhadas por todo o estado.
Em síntese, tanto o governo Lula, quanto o governo João Azevedo, têm a nítida compreensão do poder da tradição cultural oral que se manifesta através da radiodifusão, dando ênfase ao propósito de interlocução com a população, priorizando a oferta de conteúdos que estabeleçam uma harmônica relação entre governantes e governados.
Rui Leitão