Não faz muito tempo que comecei a escrever; deve ter aproximadamente três anos, e nunca escrevi com tanta frequência. Minha coluna era mais espaçada e focada na política.
Atualmente, deixei a política de lado. Haverá o momento certo para retornar sutilmente a esse tema. Comecei então a me dedicar a temas variados e acontecimentos atuais.
Tenho uma pequena lista de transmissão no WhatsApp, onde envio meus textos para amigos, conhecidos e alguns poucos jornalistas. Confesso que nunca perguntei se poderia enviá-los, mas como não houve nenhuma reclamação, continuei.
Recentemente, uma dessas pessoas respondeu-me de forma ríspida, dizendo: “Você deveria parar de escrever tanta besteira nesses textos sem graça.”
Não estava esperando uma reação tão ríspida. Confesso que fiquei pensativo e fui reler tudo o que já escrevi para ver se havia de fato alguma besteira, mas como não sou da área, não cheguei a nenhuma conclusão.
Fiquei alguns dias pensativo se deveria realmente parar, mas concluí que não havia motivos para isso, pois havia gente que gostava de receber e ler. Então, respondi à pessoa com serenidade, pedi desculpas, mas disse que a opinião dela era muito relativa, pois o que é besteira para alguns pode não ser para outros.
Sempre escrevi razoavelmente; não sou um escritor ou um exímio conhecedor do vernáculo, mas quebrava um galho. E continuei a escrever.
Minha vontade de escrever cresceu ao ler os artigos do meu amigo e na época coordenador no trabalho. Dr. Rui Leitão, hoje imortalizado na Academia Paraibana de Letras, posição que faz jus à sua inteligência e facilidade para escrever sobre qualquer assunto com bastante propriedade.
Lendo seus textos, fui incentivado a escrever. Pensei nos temas em que tinha algum domínio, e três assuntos vieram à minha mente: política, tecnologia e economia. Optei pela mais polêmica, política.
Solicitei a uma jornalista, com quem tenho amizade, se poderia ter um espaço para divulgar os artigos em seu blog. Imediatamente, ela permitiu e concedeu-me o espaço. Inspirado e incentivado pelo hoje imortal doutor Rui Leitão, comecei.
No começo, a coisa foi complicada. É preciso haver uma simbiose perfeita entre o assunto e a escrita, e confesso que às vezes eu ia à lua antes de entrar no tema do artigo. Era uma confusão.
Fui melhorando e mostrava ao amigo Rui, que me orientava com algumas dicas, as quais me ajudaram e ajudam bastante até hoje. É bem verdade que continuo a uma distância abissal do amigo imortal membro da APL.
Estou inclusive cogitando escrever um livro, algo simples, patrocinado por mim mesmo, nada de extraordinário, mas que seja útil e traga entretenimento. Uma tiragem de 50 unidades para presentear os mais chegados e alguns amigos jornalistas.
Falta o tema, a vontade existe. Para o prefácio, pediria ao amigo Rui Leitão, com a condição de que ele não escreva com tanta maestria para não me envergonhar (risos).
Termino sempre com uma frase. Hoje escolhi uma do filósofo chinês Confúcio: “Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha”.
Júnior Belchior