“João não seria eleito nem para vereador” – Em entrevista concedida na noite desta segunda-feira, 2, no programa Conexão Master, o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) revelou fatos dos bastidores e chegou a dizer que o atual governador, João Azevedo (PSB), não teria sido eleito sequer para vereador se não tivesse seu apoio na eleição do ano passado. “Quem teve de graça um cargo de governador e não seria eleito nem vereador, teve medo de 2022. Se eu me apegasse a cargos, eu teria sido candidato ao Senado. O inimigo de quem governa passou a ser quem lhe deu o governo. Os militantes estão sendo demitidos. Não entendo o motivo desse ódio e porque alguns secretários que tocam o governo não conseguem ser recebidos”, disse ele.
Coutinho acrescentou que João teria pedido para que ele não disputasse o Senado e que lhe fosse dada a oportunidade de disputar o Governo. “Ele não teve a capacidade de observar a responsabilidade que tinha ou foi vencido pela vaidade. É normal. Convive-se com muitos bajuladores e você precisa ter muita segurança para passar por tudo isso sem se quebrar. Eu estou dizendo isso hoje aqui por que o que o PSB fez de mal ao governador? O partido lhe deu o mandato? Foi isso? O atual governador disse que nunca tinha pedido para ser candidato e não é verdade. Foi no salão de vidro da Granja em fevereiro e disse que se eu saísse do governo, ele não sustentaria dois meses porque Lígia iria engoli-lo. Palavras dele”.
“Verdade”
Ricardo ainda chamou o líder do Governo na Assembleia, Ricardo Barbosa, de “uma bomba de instabilidade” e acrescentou que João não queria que ele fosse presidente do PSB da Paraíba: “Ele não falou a verdade quando disse que abriria espaço para eu ser presidente do PSB. Como alguém justifica que aquela parte que eu vou chamar de a parte podre da imprensa, uns que ganham para caluniar, que eu nunca quis conversa, mas essa parte toda recebe da Secom e não é para falar bem do governo, mas para me atacar? Como se justificaria que alguém a quem você dá a mão, age assim? Antes da posse, eu disse a ele que se não fosse ele, seria outro. O governo elegeria qualquer um candidato. Mas, foi ele por ser um dos construtores que teria condições de continuar a gestão”.
Na visão do ex-governador, João estaria perseguindo os filiados do PSB: “Ele chegou a dizer que sairia do PSB em dezembro. Se quer sair, saia, mas diga a verdade porque está saindo. Edvaldo Rosas não dava conta do partido fora do governo, imagine dentro do governo. Ele não tinha a menor capacidade, a menor condição”.