O sarampo tem voltado ao cenário brasileiro desde 2018. Segundo dados do Ministério da Saúde, centenas de casos foram registrados entre os estados de São Paulo, Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Amazonas, Santa Catarina e Roraima, de janeiro a julho de 2019. Hoje, três deles estão com surtos ativos da doença: São Paulo, Rio de Janeiro e Pará. E, para quem irá viajar para essas regiões, recomenda-se tomar a vacina com pelo menos 15 dias de antecedência.
Segundo a professora Heloísa Estrela, do curso de Medicina do Unipê, a vacina é a principal forma de prevenção. Ela pode ser tomada na rede pública de saúde. Todas as pessoas que não foram vacinadas ou não tiveram a doença anteriormente são suscetíveis ao vírus do sarampo, salienta a docente. O sarampo passa de pessoa para pessoa por meio de secreções ou gotículas de saliva ao falar, tossir, espirrar ou respirar. “A pessoa infectada pode transmitir a doença desde alguns dias antes de apresentar os sintomas até cerca de quatro dias após o início do exantema (erupções vermelhas na pele)”, comenta Heloísa.
Entre os sintomas que caracterizam a doença, estão a febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e as manchas vermelhas. Essas desaparecem entre 4 e 5 dias. “Além disso, podem surgir manchas na mucosa oral, chamadas de Koplik, que confirmam o diagnóstico, mas nem todos os indivíduos com sarampo as desenvolvem”, acrescenta. As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) devem ser procuradas por qualquer pessoa que esteja com os sintomas, aconselha a professora.
QUEM PODE RECEBER A VACINA?
Crianças e adultos até 29 anos não vacinados devem receber duas doses da vacina; – Adultos entre 30 e 49 anos recebem dose única; – Contraindicações: gestantes (pode ser tomada após o parto), bebês até 6 meses de idade e pessoas com a imunidade comprometida por alguma doença.
Portal Correio