O tráfico de drogas tem crescido assustadoramente nas últimas décadas, isso inclusive, é parte do último relatório da ONU, que demonstra um crescimento de 23% nos últimos dez anos o que realmente é deveras preocupante.
A falta de políticas públicas parece ser um caminho sem volta, inclusive o STF recentemente deliberou sobre tráfico e usuário de maconha. O cidadão que tenha em posse cerca de 40g não pode ser considerado traficante e sim usuário, o que com certeza irá nos levar a um caminho sem volta.
O que causa um certo espanto é o envolvimento do poder público com o narcotráfico, o que vem gerando uma espécie de liberdade para os delinquentes comercializarem seus “artigos de luxo” com uma certa despreocupação.
Envolvimento de políticos com o tráfico não é novidade. Em 1991, o então deputado federal Jabes Rabelo, cuja família construiu um império financeiro de origem suspeita em Cacoal, Rondônia, teve o mandato cassado pela Câmara depois que seu irmão, Abidiel Rabelo, foi preso em São Paulo com 554 quilos de cocaína portando uma falsa carteira de assessor parlamentar com a assinatura do irmão.
Prefeituras país afora estão pagando ou até mesmo nomeando gente ligada ao tráfico para fazer uma espécie de barreira territorial para seus adversários políticos serem impedidos de pedir voto livremente nessas áreas.
A polícia federal trabalha com afinco para tentar desbaratar essas práticas devastadores que só faz proteger, potencializar e dar passagem livre para os traficantes imporem ainda mais poder numa sociedade já bastante oprimida e coagida por esses marginais.
O que a sociedade parece não querer enxergar é que votando nesses candidatos a criminalidade aumenta, famílias são devastadas, policiais são mortos e os nossos filhos viram alvos fáceis para serem cooptados e se tornarem usuários desse leque de substâncias nocivas que vem destruindo as famílias brasileiras.
As drogas matam, viciam, geram pânico e causam mazelas sociais praticamente irrecuperáveis.
Se você está passando por isso na sua cidade, onde tráfico e o gestor estão de mãos dadas, é chegado a hora de demitir esses políticos sem vergonha, sem escrúpulos, sem princípios, sem temor a Deus e principalmente sem respeito à população.
A você, que pensa que isso não é com você, não poderá se queixar quando alguém da sua família cair nas garras das drogas, mesmo que, por um simples descuido.
A droga mata, destrói famílias, corrói reputações, gera dependência e instala o caos social. Droga não é um problema do vizinho, é de todos nós que temos o dever como cidadãos de combater o tráfico e tratar os viciados que se deixaram levar.
A questão é tão complexa que, os donos das “bocas” vendem a droga para comprar armas, armas essas que irão matar um policial, um pai de família, um inocente ou mesmo uma criança.
Existe uma simbiose entre drogas e armas, o tráfico vende uma para comprar a outra e o poder público tem o dever constitucional de defender a sociedade civil, porém em alguns casos não é o que acontece em algumas cidades Brasil afora.
Infelizmente recentemente chegamos ao completo absurdo do poder público financiar o tráfico, com contracheques em troca de garantias territoriais para o mandatário da prefeitura entrar sozinho e garantir votação exclusiva.
A distribuição envolve Vereadores que são quem fazem o contato e levam as revindicações dos meliantes para o chefe do executivo deliberar tais demandas com a promessa do voto ser “casadinho”.
O cúmulo é uma sociedade calada, um governo omisso, o livre comércio de entorpecentes e a manipulação das urnas através do medo.
O medo inclusive de responder uma pesquisa, colocar um adesivo ou da simples e pura manifestação democrática por outro candidato.
Seu voto é secreto, vá para a urna com tranquilidade, não se faz necessário divulgação, na hora é só você e a urna, não existem câmeras, nem divulgação, nem como descobrir o seu voto. A urna é inviolável e o seu direito de votar em quem considera o melhor também.
Término sempre com uma frase e hoje, escolhi uma de minha autoria, escrita há uns dois anos. “Não comece como usuário, pois seu fim será de viciado”
Júnior Belchior.