Ontem o dia não foi bom, mas foi importante atravessá-lo e sair com mais experiência e certezas de que esses dias nos ajudam a evoluir em todos os sentidos.
Como poderíamos agradecer por um dia abençoado sem ter tido um dia ruim? Que experiência teríamos se só houvesse dias bons? Esses são questionamentos importantes para refletirmos.
A vida não é fácil, não tem um passo a passo, um manual ou um curso preparatório. A vida não tem rascunho; nós só podemos aprender e tentar melhorar com nossos erros.
O dia realmente foi ruim, mas mesmo assim é necessário e fundamental agradecer a Deus. Inclusive, o nosso Senhor Jesus Cristo nos pede para, em tudo, dar graças, pois a situação ainda poderia ser pior.
A única coisa que particularmente não perco é o bom humor. Quem convive comigo sabe que, mesmo abatido, o humor está presente no meu quotidiano. Não é que eu não sinta a “pancada” nem muito menos que eu não seja sério quando necessário, mas eu não me abalo facilmente, mesmo sabendo que o dia foi ruim.
As notícias não tão boas que recebi me fizeram encarar a realidade. Percebi que, por mais dolorosas que sejam certas verdades, elas são como ventos fortes que derrubam folhas secas, mas também limpam o caminho para novas sementes.
Cada conversa difícil, cada silêncio que precisei enfrentar, foi um convite para exercitar a paciência e a escuta — virtudes que só se fortalecem quando somos testados.
Ao final do dia, sentei-me em silêncio e lembrei-me de que a gratidão não é um sentimento condicional. Agradeci não pelo que aconteceu, mas pelo que aquelas horas turbulentas me ensinaram: a valorizar a calmaria dos dias simples, a confiar no tempo e a entender que até as nuvens mais escuras carregam a promessa de chuva que renova a terra.
A fé, nesses momentos, age como uma âncora, impedindo que a mente vagueie por mares de desespero.
Hoje, ao acordar, olhei para o horizonte e sorri. Não porque os problemas desapareceram, mas porque carrego dentro de mim a certeza de que dias ruins não definem quem sou — são apenas capítulos de uma história maior. E, enquanto respiro, escolho acreditar que cada tropeço é um convite para dançar melhor na próxima música da vida.
O humor segue comigo, não como fuga, mas como uma luz que ilumina até os cantos mais sombrios, lembrando-me de que, afinal, até nas tempestades é possível encontrar beleza.
Para dias bons: sorrisos.
Para dias ruins: paciência.
Para todos os dias: fé…
Júnior Belchior