Estamos vivendo eventos que eram previstos para um futuro mais distante, mas que com a pandemia causada pelo Covid-19, foi antecipada para este momento. Estamos falando das atividades laborais executadas em domicílio. Uma realidade que está se tornando cada vez mais comum.
Existem inúmeras vantagens no trabalho “home office”. O trabalhador pode estar mais presente à sua família. Organizar melhor seus horários. E no conforto de seu lar, obter até mesmo melhores resultados. Claro que os beneficíos não se restringem a estes citados. Existem outras particularidades envolvidas em cada caso, que podem aumentar ainda mais o nível de satisfação dos colaboradores, e como consequências, ganhos de produtividade.
Porém, este advento surgiu de maneira inesperada. Havia um sinal de que a tendência, seria que as pessoas trabalhassem distante de seus colegas de trabalho. Longe de um prédio físico que concentrasse todos os funcionários daquela empresa. No entanto, chegou-se bem antes do previsto e o que é pior: sem que houvesse uma preparação para tal.
Os filhos não foram criados dentro de um lar-trabalho. Onde em um determinado momento funciona um ambiente de trabalho, e em outro o lar, na essência da palavra. E neste contexto, surgiu uma dificuldade visível de conciliar a produtividade com filhos e filhas no entorno, aonde suas mentes de maneira subsconsciente funcionam como uma casa. E que seus pais em casa, representam aquele momento raro, em que deve ser aproveitado cada segundo da companhia.
Também nosso país não conta ainda com uma infraestrutura boa e acessível à internet de alta velocidade. Fibra ótica é uma realidade ainda não tão acessível. E nas reuniões remotas, via chamada de vídeo, uma internet de excelente qualidade e estável é imprescindível. Isso é um empecilho para o desenvolvimento de atividades comuns de trabalho, onde a discussão e debate sobre determinado assunto é necessária.
De toda foram, o processo foi acelerado. E não voltará atrás. É preciso se adaptar o mais rápido possível a essa nova realidade. Tanto do ponto de vista de infraestrutura, como também comportamental. Será preciso haver investimentos maciços no indivíduo, para que ele esteja habilitado a desenvolver suas atividades neste novo modelo, como essencialmente, a infraestrutura esteja compatível com a dinâmica que será exigida.
O futuro chegou! Quem se adaptar mais rápido sairá na vantagem frente os demais. Quem deixar a mudança para depois sofrerá danos irreversíveis. A ordem é: investir no capital humano e na infraestrutura. E a minha aposta é de que será mais importante o investimento no ser humano. Ele quem precisará se adaptar a um novo mecanismo de trabalho. As máquinas nascem prontas. Os indivíduos não.
O instrospectivo