A deputada federal Alê Silva (PSL-MG) fez um duro discurso contra seu partido nesta quarta-feira (9) durante sessão da Comissão de Tributação e Finanças (CFT). Ela foi responsável por revelar o esquema de laranjas comandado pelo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, no início do ano e chegou a ser ameaçada de morte pelo ministro. Diante do retorno da polêmica ela foi removida da comissão e anunciou que deixará a sigla.
“Esse partido não é do governo, esse partido não é do Bolsonaro. Esse partido só quer dinheiro e que se dane o povo brasileiro. Só quer dinheiro. Partido pequeno, nanico, que chegou onde chegou por causa de Bolsonaro. Se não fosse Bolsonaro, esse partido não teria nem passado na cláusula de barreira”, declarou a deputada, revoltada, logo após saber que foi excluída da CFT.
No plenário da Câmara, a deputada voltou a comentar sobre a exclusão e a criticar o PSL. “Sabe por que o PSL me excluiu? Porque eu sou inteligente, porque eu entendo de contas públicas. […] Por que para mim o interesse da população brasileira está acima de qualquer interesse de oligarquia política ou econômica. Foi essa a razão pela qual eles me excluíram. […] Não suportam pessoas críticas, que veem o valor do ser humano um valor maior do que o dinheiro, que é a dignidade. Joguem-me aos lobos que eu volto liderando a matilha”, declarou.
A fala da parlamentar aconteceu em meio a uma grande crise entre o PSL e o presidente Jair Bolsonaro, que decidiu até mesmo abandonar a sigla pelo qual foi eleito, mas depois mudou de ideia. Alê foi uma das primeiras a defender a saída do presidente do PSL.