O presidente da Comissão de Educação da Câmara Federal, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) participou, nesta quarta-feira (9), do ato em defesa do Dia de Mobilização – #EducaçãonaFrente – organizado pela Frente Parlamentar Mista de Educação no Congresso. Ele defendeu que além de mais recursos para a área, é necessário que se aponte soluções sobre de onde esses recursos virão. “Não basta mais defender mais recursos para educação, a gente precisa dizer de onde vai tirar. Temos de ter a honestidade política para apontar onde está o excesso”, reforçou.
Para ele, um dos caminhos para isso está no fim dos benefícios concedidos a servidores públicos que recebem mais de R$ 10 mil, ou seja, acima de 1/4 do salário do ministro do Supremo Tribunal Federal. A Proposta é o que prevê a “PEC dos Penduricalhos” (147/2019), apresentada por ele e que está em tramitação na Câmara Federal.
Honestidade
“Não há vaga na creche para a criança mais pobre, mas há auxílio-creche para procurador. Isso tá errado! Desafio alguém a me convencer do contrário. O poder público deve favorecer primeiramente quem está em situação de vulnerabilidade social. Essa é a nossa obrigação primordial”, comentou.
O parlamentar defendeu que esse deva ser o foco da mobilização na educação: debater soluções para os problemas que, segundo ele, se constituem de uma verdadeira dívida histórica nacional. Pedro criticou a polarização política em torno do tema e afirmou que isso apenas constrói uma “cortina de fumaça” sobre o que realmente deve ser debatido.
Frente Parlamentar
Ele elogiou o trabalho da Frente Parlamentar Mista de Educação e do esforço de deputados e senadores que formam a “bancada da educação” no Congresso, que vem travando discussões importantes, a exemplo do debate sobre a atratividade da carreira e da valorização do professor; a falta de vaga na educação infantil e implementação da base nacional comum.
“O Brasil tem uma dívida muito grande, em termos de educação. Nosso país é profundamente desigual, justamente porque não conseguimos entregar o mínimo nessa área. Habitamos em um país que menos de 30% das crianças mais pobres possuem vaga na creche. Quero falar isso todos os dias. Quero acordar falando isso, para ver se esse país acorda”, apelou.
Compromisso Pessoal
Por fim, Pedro reforçou seu compromisso pessoal com a educação e com a primeira infância, “Quero dedicar o meu melhor para que a gente consiga tirar o nosso país desse imenso atraso, que é deixar de distribuir oportunidades, desperdiçar talentos. Todo mundo que nasce é uma surpresa para a humanidade. O Brasil ainda não acordou para isso, para distribuirmos oportunidades. Só assim teremos um país muito mais competitivo do ponto de vista econômico, muito mais organizado do ponto de vista fiscal e muito mais humano do ponto de vista social”, concluiu.